quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sobre a infância




Hoje meu avô me enviou por e-mail, junto com outra foto de minha priminha, a fotografia acima onde somos eu (a garotinha loira) com minha irmã mais velha (garota maior) e meu tio (o japinha).
Ao ver a imagem, fui dominada por uma corrente de emoções e lembranças daquela época, das coisas que costumávamos fazer. Não que eu e minha irmã tenhamos sido grandes companheiras, infelizmente não foi assim, mas eu e meu tio? Bem éramos com certeza um grande time! Brincávamos tanto e por tanto tempo! Era como se o tempo que tínhamos juntos fosse sempre pouco e mesmo quando de noite nas férias, eu chorava de saudade da minha mãe na manhã seguinte tinha meu pequeno companheiro para brincar e esquecer.
Juntos nós brincamos de montar com joguinhos no chão da sala, corremos em volta de casa com um velho carrinho ou skate, brincamos de barbie e lhe fizemos roupas na máquina da minha avó enquanto ela dormia. Nós jogamos futebol, basquete, volei e qualquer outra coisa que tivéssemos vontade. Andamos com patins in line, bicicleta, bote e fusca. Crescemos brincando e nos divertindo muito, as brincadeiras mudaram e evoluiram conosco até um ponto em que já não brincávamos mais.
Nós mudamos muito com o passar do tempo. Tanto que teve uma época em que fiquei meses e meses sem vê-lo e até me acostumei com isso. Eu tinha meus compromissos com a faculdade, ele tinha suas coisas também.
Acho que é o tipo de distanciamento natural que a família impede que seja completo e tenho mesmo que agradecer por ser assim. Não é como se tivéssemos voltado a mesma amizade de 15 ou 20 anos atrás, mas somos amigos e o que vivemos como a dupla: Jijico e Gigica vai ficar para sempre guardado comigo em um cantinho especial do meu coração.
Meu tio hoje é um "homem de família" está um pouco mais sério, mas quando a família está reunida, em dias de festas ainda é possível encontrar o moleque brincando com os sobrinhos mais novos e fazendo todos rirem. Ele tem uma esposa, tia Aline, uma pessoa querida e engraçada que não entrou apenas para a família, mas para os nossos corações também.
Quando o vejo assim, feliz ao lado da pessoa que ele ama, penso em tudo que passou e percebo que mesmo que nosso caminho não seja o esperado pelos nossos pais o que importa é o fim e que ele seja realmente feliz.
Bem, acho que é isso. Hoje dividi com vocês um pouco da minha infância e lhes apresentei aquele que foi por um longo tempo, e quem sabe ainda o seja, o meu melhor e mais fiel amigo.
Ao "tio" Jean deixo meu carinho e sincero agradecimento por ter feito parte de uma infância verdadeiramente feliz.

beijo, beijo, beijo,
Gi.

Ps.: Se chegarem a ler, quero lembrar ao casal que ainda esperamos pela visita ao apê.

terça-feira, 27 de julho de 2010

o mundo de moldura

Hoje, realmente hoje, passei a ver o mundo com moldura.
Depois dos exames e da escolha daquela que mais combinaria comigo, hoje fui buscar meu par de molduras na loja.
Não vou mentir, a princípio não gostei da idéia, vinha caminhando com elas do centro e sentia a calçada a engolir minhas pernas, não foi legal e eu as guardei. Mas agora, vendo meu velho notebook e o que nele escrevo, percebo que estava mesmo precisando delas.
Agora, tudo que preciso fazer é me acostumar com o fato de tê-las sobre meu nariz um pouco torto (quebrei a algum tempo)e não esquecer que assim como preciso delas para as tarefas do dia, são (assim como meu relógio) desnecessárias enquanto durmo.

beijo, beijo, beijo
Gi.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sobre arrogância

Hoje li um texto no blog de uma amigo que me fez pensar.
Falava sobre a arrogância em um desenho animado (que apesar de famoso eu nunca assisti) e como um dos heróis perdeu a luta por agir assim.
Depois de ler, comentar, preparar um macarrão com maionese, comer e voltar ao computador a idéia ainda estva na minha cabeça.
Pensei em como me escondo atrás deste escudo, como uso o artifício para me distanciar das pessoas, mas, de forma até um pouco arrogante, não pensei em me livrar dele.
É estranho; como um vício que você sabe que lhe prejudica, mas não quer deixar, sabe que não fará bem, mas mesmo assim a sensação de segurança é tão forte!
Minha arrogância também se esconde. Fica quietinha dentro de mim e se revela quando fico nervosa, me sinto ameaçada ou estou simplesmente de saco cheio.
Minha arrogância é despejada em momentos difíceis, quando controlo minha fúria e a libero como a pequena dose de veneno que "adoça" o vinho de outra taça.
Minha arrogância as vezes se revela em meus textos, meus gestos, minha face.
Minha arrogância é meu escudo, mas é também a espada que me leva a derrota, a lança que me derruba do cavalo e o pé que me chuta quando eu já estou caida.
Minha arrogância é a armadura que me distancia do perigo, mas me mantém presa em seu casulo de ferro.
Quer saber? Chega de apologia a arrogância, já é tarde e quem sabe amanhã eu pense em uma maneira de me livrar dela.

beijo, beijo, beijo
Gi.

domingo, 25 de julho de 2010

Gosto

Eu gosto dos textos imperfeitos em que as reticências marcam lacunas a serem completadas, as vírgulas significam paradas (para o autor que respira fundo e bebe outro gole de vinho antes de continuar) e os erros ortográficos marcam a velocidade e desprendimento com que foram escritos.
Gosto de textos fortes, para se ler em voz alta e aumentar o ritmo a medida em que o texto avança.
Gosto de palavras estranhas e frases que demorem um pouco a fazer sentido.
Gosto de ler com os olhos, ler com a mente, ler com os lábios, ler com todo o corpo, ler com a alma.
Gosto de me atirar em devaneios e escrever frenéticamente como se cada pequenha palavra tivesse sentido, como se a composição do último parágrafo fosse o mais importante.
Gosto do início, quando apago, desisto e recomeço.
Gosto do meio quando tenho a certeza do que estou escrevendo, a certeza do que estou sentindo, quando não tenho vontade de parar.
Gosto do fim, quando escolho a última palavra, guardo meu último suspiro e espero enfim pelo fim.

beijo, beijo, beijo
Gi.

sábado, 24 de julho de 2010

Quando o dia é belo e não existe muito o que fazer,
Quando a tarde é longa e você gostaria de se esconder,
Quando o tempo passa e passa por você,
Quando o amor se vai e não existe porquê.
Quando todas as palavras não podem explicar.

beijo, beijo, beijo
Gi.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Existe poesia

Existe poesia na chuva caindo, na luz do poste que ilumina suas gotas.
Existe poesia na lágrima que desce lentamente, poesia nos olhos que as deixam cair.
Existe poesia no banco de praça ao amanhecer, no livro que repousa aberto sobre ele.
Existe poesia nas fotografias em Preto e Branco, poesia nos passos cansados de um ancião, poesia nas festas, poesia na bebedeira, poesia no pranto, no sorriso, no lamento, na canção que toca em meu coração.
Existe poesia na despedida, a poesia triste de quem não será visto novamente.
Poesia no reencontro, mesmo que este não se revele como esperado.
Existe poesia em mãos entrelaçadas, poesia em beijos ardentes, poesia em olhares de cumplicidade.
Existe poesia nas palavras estrangeiras, poesia na promessa, no destino e no talvez.

Existe poesia em chorar na chuva, poesia em olhar a luz do poste iluminar as gotas.
Existe poesia em ler sobre um banco de praça, poesia em esquecer as fotografias sobre ele. Poesia em caminhar cansado depois de uma vida de festa, poesia na ressaca depois da bebedeira, poesia em sorrir ao escutar a canção do coração.
Existe poesia em deixar ir ou não querer ficar, poesia na vontade de retornar, mesmo quando não se sabe o que esperar.
Existe poesia nos olhares que tocam, nos toques que aquecem e nos beijos que nos separam da realidade.
Existe poesia nas linguas estranhas, poesia em talvez cumprir uma promessa.

Existe poesia em ver fotografias na chuva, esquecer delas no parque, ouvir uma canção ardente, dar a mão ao ancião cansado, beijar ardentemente nas despedidas sabendo que não irá retornar.
Existe poesia nos olhos, nos lábios, nos toques...
Existe poesia na saudade, na esperança e no amor.
Existe poesia também na dor.

Um casto beijo na testa do mais velho,
Selinho barulhento no rosto da criança,
... (esqueça os detalhes, use a imaginação).
Gi.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Dias...

Existem dias que você deseja não pensar,
Que deseja não fazer, não olhar.
São dias em que a chuva lá fora apenas revela seu pranto interno, de uma dor que não deveria ser sentida, um medo que não faz sentido.
Alguns dias seu único desejo é fechar os olhos, imaginar que o céu é azul e mesmo assim continuar chorando.
Dias que seu desejo é caminhar sem destino, por ruas que você não conhece deixando a água molhar seus cabelos e as lágrimas lavarem seu rosto.
Dias que você amaria jogar tudo para o alto e esquecer quem realmente é, ou as pessoas que fazem parte de sua história.
Existem dias que amanhecem belos, mas em você, um alarme silencioso avisa que ainda pode mudar.
Dias em que seu sorriso é tão perfeitamente falso que você mesmo acredita.
Alguns dias o melhor é não pensar, não fazer, não olhar...
... Não escrever toda esta merda depressiva, e continuar fingindo.
You are a fake angel. Just it.

beijo, beijo, beijo
Gi.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Desculpa galera, um pouco devagar por aqui. Mamy's na área e todos os nossos momentos são dela.

beijo, beijo, beijo
Gi.

domingo, 18 de julho de 2010

Sobre uma pequena grande amiga...

Estou ainda impressionada. Escrever hoje não fazia parte de meus planos...
Mas a amiga me surpreendeu com palavras inesperadas e de repente ficou difícil permanecer calada.
Minha intenção, e quem sabe o certo a fazer, seria responder da mesma forma, com um depoimento no orkut e palavras que tendassem lhe definir, mas é aqui que eu grito, aqui coloco em revista meus sentimentos.
Eu amo meus amigos. Amo falar sobre eles, contar suas proezas, rir com eles de seus deslizes, estar ao seu lado quando precisam de mim.
Com esta amiga não é diferente. De início eram cumprimentos polidos no final da aula, as vezes nos falávamos, mas era raro. Sou grata a amiga que fez com que nos aproximássemos, grata ao professor que pediu o trabalho em equipe, grata a ela por me deixar ficar.
Muito tenho aprendido com esta jovem garota, que tem uma indiscutível maturidade para enxergar as coisas importantes da vida e que me ajuda a fazer piada quando o clima fica um pouco tenso.
Minha amiga é simples nas atitudes, não complica o básico, é sincera e resolve seus problemas com invejável força e clareza. Me assusta que seja tão decidida quando sou tão confusa e tão independente quando sou o oposto.
Minha amiga a pouco me assustou com a possibilidade de ficar distante. Confesso ter pensado durante todo o dia no que me falou naquela tarde. Queria lhe dar o apoio necessário, mas junto com o medo de me afastar, veio também o medo de que não desse certo.
Eu queria ter as palavras perfeitas para lhe dizer, o adjetivo que tivesse o encaixe certo.
Quem sabe eu ficaria a noite toda aqui desfiando esta amizade leve e divertida, este carinho que tenho, a falta que senti ao ler suas palavras...
É Kah, quem sabe seja preciso mais que um livro para descrever sua maravilhosa personalidade.

Te adoro amiga!

beijo, beijo, beijo
Gi.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Teatro

Não ia voltar aqui e escrever, mas tenho que deixar minha impressão sobre ontem: MUITO BOM!!! Fui com uma amiga ao Teatro e assistimos a peça "Hay amor", rimos muito e depois mesmo com o frio e a chuva resolvemos sair para comer uma pizza. Conversa tranquila, lugar legal, pizza deliciosa! É isso! Não fiquei mega criativa como com "Tartarugas e Migração", mas valeu muito a pena em se tratando de relaxamento e diverão! Acreditem, eu precisava muito disso!

beijo, beijo, beijo...
Gi.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Só clics



Sobre a arte de se emocionar, ou sobre o quem dentro de im se esconde



Eu fui.
Fazia tempo que aquele eu que se esconde em mim precisava alimentar-se então...
Poesia, arte, representação essas coisas que me deixam extasiada... Estas coisas que não consigo explicar.
As palavras em um lindíssimo sotaque português me levaram a lugares que desconheço e a outros por onde passei. É o que gosto no teatro, é que amo na poesia.
Os sentimentos não são comuns, as reações são diversas.
São nestes lugares que mesmo sozinha me sinto parte, que meu coração apaixonado ganha asas e meu corpo cansado parece flutuar.
Os livros, o teatro, os poemas despertam em mim este eu escondido, revelam emoções que minha carapaça tende a esconder expõe um lado meu que tende a manter-se calado.
Foi sozinha e calada que entrei no teatro, sozinha e calada me retirei. Mas existe uma mudança, uma metamorfose que ocorre sempre que deixo estes lugares. Algo sobre o qual não encontro palavras, que realmente não sei explicar.
Em uma tentativa desesperada de me fazer entender: "Alimento este outro eu escondido e sinto-me verdadeiramente saciada".

Beijo, beijo, beijo
Gi.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Amanhã meu destino é a lua

Amanhã um novo dia se abre.
Tenho para ele reservas na lua onde pisarei com meu all star xadrez, minhas calças apertadas, a velha jaqueta que foi de alguém importante e os óculos que denunciam minha personalidade "desequilibrada".
Meu quarto com vista para a terra terá uma ampla sacada onde dormirei observando as estrelas e uma banheira para tomar banho de lua.
Pela manhã obsrvarei na parada o velho Jorge desfilar com o Dragão e uma imitação de Elvis pentear o topete antes de lançar flores à plateia em festa.
Irei caminhar por suas crateras e beber vodka com alguns amigos de outros planetas.
Vou para a lua de férias, com o corpo leve e a "cuca" fresca sem levar comigo nada que lembre esta existência primitiva na qual me arrasto, nem meus dias de solidão.
Em minha mala levo as lemranças de bons dias e a esperança de que ao retornar tenha recuperado o sentimento de comigo, me reencontrar.

beijo, beijo, beijo
Gi.

sábado, 10 de julho de 2010

Quando por ti me apaixonar

Quando fechar meus olhos e teu nome em minha boca se formar...
Quando no tempo perder minhas memórias e teu rosto gentil fixar-se em meu pensamento...
Quando mesmo acordada perder-me em meus sonhos...
Quando a felicidade se misturar com a dor e tornar impossível de ser segregada...
Quando quiser fugir e não conseguir...
Quando ainda que cega continuar a buscar por você...
Quando mesmo distante estar perto de ti...
Quando seu cheiro impregnado em minhas roupas me perseguir...
Quando ao ler um livro tornar você o herói...
Quando mesmo errado eu desculpar seus erros...
Quando com o tempo vier a certeza irrevogável que ele não cura, que a lembrança não se apaga, que para alguns sentimentos não há solução.
Quando a verdade desenhada em meus olhos eu não puder disfarçar...
Quando por ti me apaixonar...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sobre a princesinha

Eu a esperei um pouco anciosa, um pouco receosa.
Chegou pequena demais, barulhenta e frágil.
Cabelos arrepiados, sorriso fácil me acompanhava aonde eu ia.
A vozinha fina, os olhos inteligentes as pintinhas no rosto.
A princesinha era assim, mas cresceu.
Hoje quando ela faz 20 anos, fico pensando em como o tempo passou, como levou com ele minha irmãzinha e deixou esta garota notável e cheia de opinião.
Sinto saudades da Jejê, tento me acostumar com esta nova garota em que está se transformando.
"Ha vinte anos vc nasceu, ainda guardo o retrato antigo, mas agora que vc cresceu não se parece nada comigo".
Te amo princesinha, amei quando era minha pequena maninha, amo agora, e amarei daqui a 20 anos. De diferentes formas, mas sempre o mesmo amor.
Parabéns pequena.

beijo, beijo, beijo
Gi.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A vida é bella!





A semana se arrastou deixando distante o dia esperado. Mas não a espera anciosa de quem não vê a hora que aconteça, a espera cansada de quem quer que logo termine.
Foi assim a princípio e revelou-se uma deliciosa surpresa no final. A Monica minha irmãzinha de coração veio nos visitar e quando ela chegou, trouxe com ela a sensação de que tudo daria certo, e deu.
A festinha de Jê foi muito boa e no final dela, buscar dois colchões que a Karina (amizade relativamente nova, mas por quem já nutrimos um carinho enorme!) também vai dormir aqui. O Apê minúsculo ficou lotado, mas quem liga? Rimos um montão contamos piadas tiramos onda umas das outras. Outro dia, jogo da Alemanha e a Kah foi a única a torcer pela Argentina, mas a Monica ganhou a cena, engatinhando pelo apê quando saiu o quarto gol e gritando: - Tomou de 4 Maradona! (risos). Esquentar o cachorro-quente, abrir uma latinha de cerveja. Eu até tentei beber, mas a verdade? Não gosto.
A Karina tinha que ir embora - Mas já? Fomos todas com ela! Carregadas de sacolas de besteiras para o café da tarde subimos e descemos morro até o outro bairro onde ela mora. Lá, um pouco de tv e depois? Cinema!!! Bora pro shopping assistir Eclipse! Cinema lotado, pipoca e pepsi. Voltamos pro apê da Kah e neste momento já tínhamos lhe convencido que o melhor era ela voltar com a gente, para darmos uma lavada na Jê e na Mô no jogo de truco. Um pouco de TV, café da tarde, ou melhor, jantar. Voltamos pro apê. No domingo limpar o salão, dar um jeito na bagunça do apê, almoçar no giassi e nos despedir da Kah, depois da Mô que uma hora teriam que ir. A noite ainda fomos a missa, e pra fechar com chave de ouro, perdi o ponto onde deveríamos descer e fizemos a mair viajem até o terminal.
É final de semana delicioso é assim, dá vontade de contar pra todo mundo só pra provar que a vida é bela e nas pequenas coisas provamos que a felicidade ainda existe!

beijo, beijo, beijo!
Gi.