sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Parada para escrever

Estava escrevendo e parei.
Parada neste canto para deixar um pouco das impressões de meus dias, minhas frustrações, meus pensamentos para o futuro.
Fazia tempo que eu não escrevia, não aqui, mas ali ao lado, onde conta a história que poderá, quem sabe, levar alguém a passeio.
É, eu sou assim, escrevendo, lendo, parando e voltando...
Guardo meus personagens com carinho, volto a acordá-los pela manhã. Quando entro de cabeça em uma história passo todo o dia dentro dela, me esforçando para afastar-me...
Hoje, ontem a semana toda assim... A procurar os caminhos... as saídas...
O dia passa, a história avança  os sonhos chegam.
Boa noite crianças, é chegada a hora de guardar-me na caixa, volto amanhã quando a inspiação borbulhar...

beijo, beijo, beijo

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ingresia... E me perdi.

Ontem quando voltava do trabalho, montava na cabeça as frases rebuscadas. Queria um post cheio de ingresias onde tamanha falásia o tornasse no mínimo cômico.
É, mas acabei desistindo. Não acho que requintar o texto com belas palavras possa torná-lo melhor e não seria engraçado se as piadas não pudessem ser compreendidas.
Então, continuo com minha maneira normal de escrever. Aprendendo vez ou outra uma nova palavra, tendo o dicionário como companheiro de trabalho e escrevendo mais pelo prazer que a criação me propicia do que qualquer outro motivo.
É sempre triste quando me distancio deste espaço. Escrevo algo, apago e desisto. Então vem outro dia, mais algumas horas sem conseguir e toda esta coisa que é escrever me escapa entre os dedos. As pequenas paradas que marcam minha história com este blog, são levianamente disfarçadas por palavras bonitas ou falça alegria. A verdade é que as paradas demonstram apenas meu sentimento de fracasso. Me sinto tão fracassada que não acredito ter capacidade para escrever e isso é o que mais me machuca.
Decidi há mais de dez anos me tornar escritora, fiz um desvio pelo caminho, mas não sei, falou mais alto esta vontade e eclodiu com a brincadeira de escrever para minha irmã. O resultado foi um livro publicado e a vontade de continuar a escrever.
Olhar meu livro na estante não mina minha insegurança. Continuo a pensar que no final das contas não sou tão boa. Da mesma forma em que mesmo amando o escotismo por um bom tempo, não fui uma ótima escoteira. Da mesma forma em não posso me considerar uma boa engenheira e nem mesmo serei uma boa publiciária.
Estes pensamentos me rondam vez ou outra, me perceguem guando baixo a guarda. Me incomodam até que eu venha a esquecê-los.
Então com a bola mais cheia, eu volto, peço desculpas pelo tempo em que fiquei longe e escrevo.
Eu brinco com palavras que acabei de conhecer, faço versos, troças e jogos...
Amo as palavras, e como amante me permido mandá-las dormir no sofá se não estou disposta a lhes fazer companhia.
Amo as palavras, e como amante me permito afastá-las e depois namorá-las novamente em um belo livro. Amo as palavras pelo que traduzem e as repudio quando são apenas ofensa.
Eu amo as palavras e as vezes me perco nelas, como acabou de acontecer...
Comecei a escrever e me perdi...

beijo, beijo, beijo
Gi.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A palavra de hoje é: galgo.

Passo todos os dias na página que também é meu dicionário. Lá busco por palavras para substituir palavras, ou apenas uma que melhor se encaixe ao que vive em minha cabeça.
Chama-me atenção o galgo no canto da página, em sua caixa própria.
O texto é tão galgo quanto seu significado, galgo, magro, esguio...
Meus pensamentos, não tão esguios quanto os significados que leio, viajam... Me acompanham no trecho de caminho por onde caminho.
Em minha própria caixa ainda vaga a palavra de ontem: fíbula... Como se eu fosse capaz de lembrar dela amanhã... O galgo também se perderá magro em meio a tantos outros gordos pensamentos...
Amanhã... Quando eu voltar àquela página e no canto a caixa puxar meus olhos, outra palavra irá surgir, outra palavra irá acompanhar meu caminho, outra palavra me fará pensar no que escrever...

beijo, beijo, beijo
Gi.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Que porra! Que merda! Que vontade de nada dizer...

Queria a coisa certa para dizer ao vazio;
Queria que meus passos não afundassem nas poças que reúnem a água da chuva;
Queria que o guarda-chuva fosse grande o suficiente para manter segura.
Queria, quem sabe, em um dia quente fechar os olhos e deixar a água lavar minha alma, e como diria uma amiga minha, por em terra meus pecados, deixar correr...
Queria não chegar tão cansada e ter vontade de olhar as palavras,
Queria ter certeza sobre meus sonhos, queria não ter de esperar pelo futuro...
Queria ser menos egoísta e pensar menos no que deixei, queria o benefício da dúvida, qdo tenho certeza de ter agido certo...
Queria saber porque é tão difícil...
Mesmo quando a vida parece perfeita,
Mesmo quando as peças se unem ao meu redor,
Mesmo quando pareço ter me modificado,
Mesmo quando estou feliz.
Ainda assim fica a porra da saudade,
Ainda sobra a palavra a me perceguir
Ainda o sentimento preso em meu peito por uma fíbula que não se solta.
Uma fíbula? Um alfinete, nada mais que isso, alfinete em palavra bonita aguçando em meu peito a dor da saudade.
Que porra! Que merda! Que vontade de nada dizer...
E quando me faltam palavras ainda sobra um palavrão: Caral...
Palavrão também é palavra, e é palavra em letra maiúscula que é para ficar claro o sentimento...
Palavrão poderia ser também amor e carinho, mas estas "palavrinhas" são ditas em sussurro no ouvido, não são largadas ao vento...
Quero largar as palavras ao vento... Quero gritar palavrões e não ser criticada por isso...
Quero esquecer a sensatez e me deixar encantar pela irresponsabilidade...
Quero...
Bem esquece o que eu quero...
Acho que eu mesma já me esqueci...

beijo, beijo, beijo
Gi.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Quanto tempo...

Tenho deixado algumas coisas de lado, minha inspiração escorrendo pelo ralo...
Não posso dizer que é cansaço, na verdade acho que é apenas falta de vontade em me empenhar...
Tenho desejos e sonhos acumulando-se ao meu redor e eu sem vontade de alcançá-los...
Nao sei, quem sabe seja apenas uma fase ruim...
Peço desculpas ao que por aqui me acompanham...
Quem sabe este tenha sido o primeiro passo para que as coisas voltem a sua estranha normalidade...

beijo, beijo, beijo
Gi