quarta-feira, 30 de novembro de 2011

E o tempo passa...

E eis que ao respirar tranquila a verdade se revela... Nesta verdade consta a certeza de que muitos não serão vistos novamente, que o tempo afasta e a distância nos faz esquecer... Então, quem sabe, em algumas décadas lembrarei com saudade deste tempo, do frio na barriga, dos trabalhos que encarei como diversão, deste último que não foi assim tão divertido. Lembrarei dos amigos com a esperança de que não tenham me esquecido, com medo de que o tempo e a distância tenham sido mais fortes e apagado minha marca.
Porque não vamos aqui ser hipócritas, eu como todo mundo, espero deixar minha pequena marca no mundo e se não posso alcançar o mundo porque não uma boa lembrança na memória daqueles que se tornaram caros?
Mas tenho a triste percepção de que não é bem assim... As pessoas se esquecem e eu mesma, não posso prometer que me lembrarei...
Você irá me dizer que temos as redes sociais, mas qual a eficiência dela diante de dias corridos e mudanças de rumo que não esperávamos? É, nem todos serão lembrados, alguns apenas vagamente, mas ainda assim, existem aqueles que habitarão as densas nuvens da minha memória, que me arrancarão um sorriso saudoso e um suspiro sem fôlego: "que saudade..."
Saio agora, porque já fiquei por tempo demais. Saio porque me sinto um pouco cansada, frustrada... Saio porque mesmo que fique, não haverá maior vitória do que as amizades que já conquistei.

Abraço,
Sorriso,
A sombra de uma lágrima que as verdades fizeram cair...

domingo, 27 de novembro de 2011

Sobre a infância



Se fechar os olhos ainda posso estar lá, ainda posso sentir os perfumes, ver os brinquedos, refazer os trajetos.
Nem todos tem a sorte, nem todos tiveram uma infância assim, digna de lembranças, responsável por sorrisos.
Eu, se fechar os olhos, ainda posso voltar lá. Posso correr de "monza" ao redor da casa, posso ser uma heroína e escalar a porta do quarto, posso jogar bola com a parede e inventar o enredo de um jogo perfeito, posso ser qualquer coisa e estar em todos os lugares que minha infante imaginação desejar.
Eu pulei amarelinha na rua, andei e cai de bicicleta (tantas vezes!), eu brinquei de táxi no fusca do meu avô, e cuspi sementes de ariticum para fora da janela. fiz corrida de carrinho de rolimã, acampei no quintal de casa e comi laranja colhida do pé. Eu brincava com bonequinhas de papel, desenhei, pintei e recortei. Eu li gibis deitada no tapete da sala, li livros na varanda, e subi na estante para pegar o que não estava ao meu alcance. Minha mãe me deu "uma história por dia" de presente de aniversário e o "banco imobiliário" no dia das crianças. Ganhei bola, boneca, bicicleta, ludo e xadrez. Fiz meu pai me ensinar a jogar betes e desenhei a casa da barbie com giz na garagem de casa.
Eu fiz, imaginei, brinquei e sonhei.
Eu fui tudo e eu tive tudo que era preciso.
Tive sorriso, gargalhada e choro.
Tive colo de mãe, atenção do meu pai e irmãs para deixar o bolo mais divertido.
Tive uma infância que os menos afortunados não sonham, que os mais afortunados não alcançam.
Tive no tempo certo e na medida certa. Tive enquanto era preciso, enquanto foi desejado...
E neste tempo eu vivi a maior felicidade existente, experimentei as maiores alegrias.
E mesmo que as coisas tenham mudado pra mim, ainda assim, existe este tempo, onde tudo era perfeito, onde as coisas estavam em seus devidos lugares, onde eu estava segura e plenamente feliz.

E quando lembro deste tempo sorriso e lágrimas se misturam ao pensar no que não foi mencionado, ao lembrar do chá com leite, do requeijão com mel. Saudade de ti vozinha, sinto sempre saudade de ti.


beijo, beijo, beijo

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

...


Tem vezes que é o caminho... Com ou sem obstáculos, divertido ou triste, amargo ou doce, suave ou quente...
Tem vezes que é a chegada, exausta, emocionada, cheia de histórias e cicatrizes.
É o meio e o fim. Não se chega ao segundo sem passar pelo primeiro, nem este é tão difícil que não possa ser superado. O jeito é continuar caminhando, ultrapassar os obstáculos, deixar pra trás as mágoas, as dores e ficar com as histórias, com a aventura...

os passos,
o salto,
a história...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

...

O sorriso parecia revelar a alma, os olhos escuros demais, como dois buracos negros sugando energia e revelando calor. Quente, louco, pulsante... Duas vidas que se encontram, dois mundos que se misturam, dois corpos que parecem se perder...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

E tudo o que disse, o que suspirei, não foi mentira.
As lágrimas que correram por minha face, a sensação de estar perdido isso nunca foi mentira.
Não foi mentira meu mau humor, minha falta de apetite, as olheiras que se formaram em meu olhar.
Mas também não foram mentiras as horas de risos e sonhos, os cantos que entoamos semi-acordados, as memórias que guardaremos como pequenos tesouros de valor inestimável.
Não foi mentira quando pedi que me deixasse decidir, me deixasse errar e aprender.
Não foi mentira minha revolta, não era mentira no meu olhar...

Mas todo o resto?
Bem, digo apenas que foram inverdades caladas.

beijo, beijo, beijo

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

chegaaaaaaaa.....

Tá tudo tão errado sempre, que na certeza de errar nem da vontade de continuar tentando.
Penso que tenho, que devo... Quem sabe seja esta a última vez e eu não tenha que retornar ao texto como uma principiante. Quem este seja o momento de 99% de transpiração e minha inspiração tenha se tornado zero.
Sei que ainda a muito por fazer, mas quer mesmo saber? Tô cansada, tô de saco cheio! Tô pedindo pra sair!!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

E todas aquelas coisas que ainda quero fazer...

E alguns dizem que já fiz muito, que por um período caminhei rápido demais e é preciso diminuir o passo, eu repito isso a mim mesma e tento relaxar...
O tempo está passando rápido, rápido demais para quem ainda tem tantos sonhos...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

dois mundos...

Era para ter se tornado cientista... E por Deus, provavelmente seria...
Mas a mãe, preocupada e zelosa, apresentou à menina as artes, a poesia e a literatura...
Foi desta forma que seu mundo se dividiu... Ficou ali entre o pensamento lógico e a inconstância das palavras;
Entre o que é certo e o que pode ser criado, entre o que é explicado e o que é sentido.
Ficou ali entre o que deve ser descoberto e o que pode ser apenas inventado...
E sim, existem dias em que é um pouco mais pensativa, em que busca respostas... Em que pensa na física das coisas... Mas na maior parte do tempo? Bem, a maior parte do tempo ela é apenas palavras e sonhos, criando mundos onde tudo pode ser explicado com uma nova e nenhum pouco científica teoria.
Vive sim entre dois mundos, mas somente sendo assim, para continuar viva em qualquer um deles...

beijo, beijo, beijo

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

E uma coisa leva a outra...

Navegando meio sem rumo pela net, uma amiga (destas que nem sabem nossa existência), fala sobre a antiga alegria de receber cartas que hoje se transformou na alegria de receber e-mails.Verdade. São cinco minutinhos, que alguém perdeu ao lembrar de nós. Algumas palavras rápidas dizendo que sente falta, nos fazendo sentir especial. E hoje era um destes dias que uma mensagem no facebook tem o poder de mudar... Mudou. quando eu queria um sorriso, um abraço, uma palavra, um carinho... Bem, chegou! Porque nestes momentos se reconhece os amigos, àqueles que sentem o momento certo, que têm uma conexão maior que o simples conhecimento... Nestas horas, estes amigos-irmãos aparecem, apenas para nos dizer que sente falta. E eu? Eu sinto o coração cheio de alegria porque a verdade é que sinto saudade, todos, todos os dias...

beijo, beijo, beijo

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Fios de cabelos brancos

São como a areia na ampulheta da vida. Surgem um à um, as vezes nem os percebemos chegar e enquanto a vasta cabeleira muda de cor mudamos também nós, que temos a feliz capacidade de metamorfose. Bem, não era sobre isso que eu pretendia escrever, mas estive em outro sítio que me fez pensar no tempo... Não muito tempo antes deste tempo, eu achava que tinha feito demais, que se continuasse a caminhar neste ritmo, chegaria muito em breve... As certezas foram levadas com o vento e eu estacionei em outro lugar, já não tenho mais certeza de qual será para mim o melhor caminho a tomar. E enquanto tento descobrir o que farei com a minha vida, que razão darei a minha existência vão aparecendo os cabelos brancos, novas velas aparecem para enfeitar o bolo...
O tempo está passando...
Passando rápido demais...

beijo, beijo, beijo.