quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Calor e escrita...

Olho a hora como se ainda houvesse curiosidade. Há tanto tempo que passo as noites olhando a tela que é a única fonte de luz no breu deste apartamento. O calor me lembra um pouco a cena de quase boemia, de escrever com o ventilador ligado, sabendo que o vento é insuficiente para aplacar a temperatura.Vontade de ir à sacada, quem sabe me esparramar sobre velho colchonete e me deixar adormecer ao relento, tendo o azul de veludo como cobertor e as estrela de companhia. Quem sabe ainda venha a fazer isso.
E hoje parece que está ainda mais quente... Escondido pelo óculos de grau meu rosto parece pegar fogo. O corpo suado os olhos ardendo desde a hora que fiz a besteira de colocar meus pés para fora do prédio.Os braços, mesmo com a quantidade infinita de protetor solar, já não apresentam a coloração mega-branca e iniciam um tímido processo de bronzeamento.
Visto um shorts esportivo, a camiseta branca desenhada e os já citados óculos de grau. Penso na minha completa incapacidade de escrever com este calor e abro a página, não porque realmente tenha algo a dizer, mas porque necessito desesperadamente de um lugar para dizer: "Está quente, está muito quente e eu preciso trocar o maldito ventilador por um bom ar-condicionado ;)

Beijo, beijo, beijo...
A distância pq encostar com este clima nem pensar!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Transbordante de paz...

É, nos vemos pouco... E para muitos o nosso pouco não basta, não é suficiente. Eu sei e de certa forma concordo.Concordo que faça falta nos dias de tristeza e nos momentos de euforia, mas ainda assim, está sempre tão presente em sua distância...
E quando de seis em seis meses nos vemos é como respirar nova vida, inspirar-me no sorriso fácil, no olhar sincero e tentar ser um pouquinho melhor para me tornar assim, um pouco como ela.
É assim, foi assim, será sempre assim... Não porque as convenções nos proponham a fórmula, mas pq aprendemos que tempo e distância são apenas palavras, desculpas de quem não conhece o verdadeiro sentimento de amizade.

dia 20/12, eu e minha maninha Pauli, no lugar que tornou-se nosso.

beijo, beijo, beijo,
na tentativa de dividir o carinho, o sentimento transbordante de paz.

Sobre todo o tempo

E no tempo que não escrevo, que vagueio na rede lendo, procurando e rapidamente me enfadando desta falta de novidades.
Fico cá com esta fadiga causada pelo calor e marasmo, esta falta de palavras esta confusão de sentimentos.
Cá comigo? Bem trago a certeza de que não curto este calor miserável de quem não tem ar condicionado, tentando me contentar porque ainda posso sentar-me ao lado do ventilador. Lá fora passam de 32º e alguns malucos dizem que isto é tempo bom... Neste tempo "bom" eu curto um sono imensurável causado pela completa ausência de uma brisa fresca.
E neste cenário descrito com um humor quase cínico de tão irremediavelmente irônico, passo por esta página todos os dias, clico em "nova postagem" olho os espaços em branco e desisto. Minha inspiração fadada a dar-me as costas... Sorte dela que pode ir à um sítio de menor temperatura.


beijo, beijo, beijo.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Sobre poesia


Vou escrever sobre poesia, e farei isso como que ouve uma música, quem aprecia um espetáculo de dança. Vou escrever pensando nas belas coisas da vida. Não apenas nos casais apaixonados, mas nas pessoas de vida simples que tiram do suor e da terra o sustento de sua família.
Quero a poesia de um dia duro coroado por uma taça de vinho, ou até mesmo um copo de plástico se só assim for possível. A poesia de sair com os amigos na noite de sexta e acordar no sábado de cabeça dolorida e coração aliviado por ter feito mais por mim naquelas horas de riso do que no tempo trancada na sala de trabalho.
Quero a poesia do colo materno, a poesia do olhar materno, aquele guardado na memória como a tatuagem perfeita, aquele ao qual me apego quando nada tenho, ou quando algo me sobra, quando me sobra a saudade.
Quero a poesia existente na solidão, a poesia da exaustão, a poesia da paixão do tesão e da febre, quero a poesia de um livro aberto no parque, do sol que toca a distância. A poesia de andar de bicicleta, a poesia que nos rouba o tempo e nos faz olhar ao lado.
Quero a poesia das pequenas histórias, dos contos antigos, dos tempos modernos, do vento noturno e da chuva que nos acorda de madrugada. Quero a poesia que está em todos os lados, que nos persegue em uma caminhada, que nos desperta em um beijo.
Sim vou falar de poesia, a poesia do olhar do poeta que timidamente se esconde dos refletores e escreve com a tinta o que carrega no coração.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Quanto é preciso sonhar antes de chegar lá?
Quanto você vai calcular, quantas vezes vai dormir pensando em realizá-lo?
Quanto é preciso sonhar antes de ver realizado seus sonhos?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sobre tantas palavras

Minha caixa de e-mails transborda e-mails não lidos, mensagens que iniciam com "FW" ou "enc". E lá uma vez ou outra passo os olhos rapidamente não porque realmente me interessem naquele momento, mas porque quero me livrar das palavras em negrito e do peso na consciência.
Não resolve o problema. Eu não gosto destas correntes, não me convencem que uma mensagem que não foi pedida possa mudar a vida de alguém que não quer ouvir. E neste momento, muitos pensam que sou eu a errada, que estou tão vazia de fé que escrevo estas heresias... Mas não é verdade. Minha fé (vou explicar, mesmo tendo a certeza de que é um assunto apenas meu), está nos corações e não na tela do computador. Não consigo, me me esforçando para tanto acreditar que Deus vai me ouvir melhor porque passei um texto à 20 amigos em cinco minutos. Com cinco minutos, posso respirar fundo e perceber, nesta tomada de ar, que ele está ao meu lado. Posso regar as plantinhas que tenho na minha sacada, Posso ver o amor dentro dos olhos da minha irmã, mas não posso repassar um e-mail que eu não queria receber. Não são as mensagens, que geralmente não leio, mas aquela última linha "repasse e uma grande coisa irá acontecer contigo" grande coisa seria não receber mais este tipo de mensagem e sei, estou provavelmente passando dos limites, mas neste momento, sinto que meus limites foram ultrapassados.
Eu acredito em Deus,
Acredito em anjos da guarda,
Acredito na humanidade, mesmo que ela me decepcione.
Mas não, eu não acredito em correntes...

beijo, beijo, beijo