sexta-feira, 29 de abril de 2011

Tenho andado correndo?

Já não me lembro muito bem o que tenho feito, o que ainda tenho por fazer...
Quando entrego um trabalho respiro aliviada por dois segundos antes de lembrar do que ainda tem de ser feito.
É estranho que mesmo adorando o que faço, e o curso que estudo, ainda deseje, vez ou outra, esquecer.
Eu estou cansada.
É a explicação mais plausível... a unica que encontro.
Mas uma réstia de luz me anima e a perspectiva de abrir a janela me enche de esperança.
Então continuo trabalhando, estudando... Se tudo der certo, logo salto a janela e respiro longamente ar puro para voltar a amar o que faço.

beijo, beijo, beijo...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

modificando????

Alguns dizem que mudei, e assumo, tenho mudado...
Mas as vezes, nas mudanças, perdemos quem éramos sem chegar ao que desejamos ser...
Ficamos no limbo transitório tentando descobrir se somos anjos ou demônios, se ainda gostamos de antigos desenhos, se as miniaturas na janela ainda revelam quem somos, se um passeio de bicicleta ao final da tarde é o que desejamos, se realmente gostamos de comida chinesa.
Já disse que a irresponsabilidade me tenta e que as vezes gostaria de ter a coragem de ignorar as expectativas e isso não é apenas uma frase de efeito.
Queria mesmo esquecer todos os "se" e simplesmente fazer, esquecer o que dizem e me deixar ser irresponsável, me deixar levar por um grupo de amigos, comprar passagens para um lugar distante, dar preocupações a quem tem me mantido preocupada e fazer todas as coisas que não tive coragem...
Avaliando friamente?
Acho que não mudei tanto assim...
Mas ainda não desisti...

Um beijo, um caminho, duas doses de veneno.
Gi.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Viagem...



Se encheu de prozac como se pudesse aplacar a bulimia que ela nem sabia se realmente existia.
Sua mãe tinha as faces pintadas de rosa, mas era o lápis preto ao redor de seus olhos azuis de menina que incomodavam o mundo.
Estranhava o nome que as pessoas dão as coisas. Coisas que nunca experimentaram mas que fingem conhecer, pretendem se fazer acreditar que têm intimidade.
Quantos apologistas a movimentos não conhecem sua causa? Quantos vegetarianos realmente acreditam no que fazem, quantos foram fisgados pela moda verde?
Ela mesma se deixou levar pela moda do preto e pintou os belos cachos dourados...
Era mesmo necessário que fosse julgada, rotulada e colocada de lado?
Colocou os óculos escuros para ocultar o vermelho da viajem, fechou a jaqueta para se livrar do frio.
Seu quarto que já havia apresentado brancas paredes nuas estava repleto de fotos de pessoas e lugares que ela pensava conhecer. Seus antigos amigos pregavam-lhe peças e sorriam em fotografias amareladas. Onde mesmo fora parar a máquina infantil e analógica que ganhara do pai em seus oito anos?
Lembrava-se de que era amarela, o protetor da lente formava a cara de um cãozinho que agora brincava pelo quarto. Porque jamais lhe deixaram ter um bichano como aquele? Sua mãe lhe dizia que davam trabalho, mas deixava que fosse com a empregada até o zoológico municipal ver os macacos e tigres que eram malcheirosos, mas lhe faziam sorrir.
O pai lhe levava à praia nos fins de semana... Onde ele estaria naquele momento? Seu último postal era de Paris, mas com aqueles dois era impossível saber. Uma segunda lua-de-mel para apagar as brigas e traições, dinheiro direcionado aos bolsos de alguma secretária, amassos com o jardineiro na garagem. Os dois eram patéticos, mas faziam terapia. O terapeuta lhes arrancava os olhos, mas sentavam lado-à-lado uma vez por semana, dinheiro bem gasto...
Fechou os olhos quando o cãozinho aproximou-se de seu rosto, mas não sentiu o áspero toque da língua. Perfeito sua mãe diria que estava dopada, mas ela sabia o quão chapada realmente se sentia.
Fodam-se as convenções da sociedade, fodam-se os terninhos rosados, os cartões sem limite, a cama de dossel na qual estava sentada. Fodam-se os que acreditam e os que simplemente ignoram...
Fechou os olhos tomada pela paz que o remédio lhe dava. Quando a manhã chegasse a velha empregada lhe traria um copo de achocolatado e lhe faria um carinho para recebê-la daquela estranha viagem.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Eu abro, fecho e dou as costas.
As palavras me fogem, fica o sentimento de que algo está fora do lugar...
O tempo passa, fica a ausência...

Um olhar,
Um passo,
A distância...
Gi.

sábado, 9 de abril de 2011

sem nexo...

Não é que seja difícil... Nem doloroso, nem coisa alguma...
Quero dizer, você ama seus pais, sua família, mas a menos que eles estejam em risco, este amor não lhe causa danos...
Não, eu não sou indiferente ou fria... Bem, talvez... As vezes...
Mas o que vejo do amor é aquilo que se ganha ao olhar os olhos de um amigo e sentir que está feliz, algo que sente-se no seu íntimo, que não tem como ser ruim ou danoso...
Amar não é errado, torturar-se por um amor é errado. Fazer com que as pessoas que lhe amam sofram por ti é errado...
E eu não sei porque estou divagando sobre isso, mas as palavras me vieram a mente, os pensamentos me acercaram e eu os distribui nesta página sem nexo.
Se é verdade que não tenho gabarito para discorrer sobre isso? Bem, pode ser...
Já sofri, já chorei, hoje apenas observo...
Quem sabe o destino me reserve a paixão avassaladora, mas com sinceridade, não espero por um amor do tipo que se coloca a sofrer...

beijo, beijo, beijo
Gi.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sim, me apetece...

A pergunta caiu no meu colo em uma semana exasperadora e a resposta só poderia ser positiva.
Não vos apetece, de vez em quando, mandar tudo a merda?
Nesta semana que tudo parecia ruir aos meus pés, tentei me agarrar às pequenas coisas que nos dão um pouco de vida.
Liguei para a tia só para ouvir sua voz, para minha irmã sob dois pretextos diferentes, para minha mãe duas vezes ao dia, para o meu pai para ouvir o celular dizer que estava fora de área, para a maninha mais nova mil mensagens a todo tempo.
Destes minutos de luz, tentei sugar energia para o resto do dia, porque não sei se eu que ando devagar ou meu tempo que corre de mim, mas caramba! Queria apenas uns minutinhos para fechar os olhos e olhar pra dentro do que tenho sido. Já não sei se estas reflexões são positivas ou apenas mais um tipo de fuga, mas só tenho procurado por mim, tentando encontrar uma ponta daquela criança por que esta vida de gente grande me assusta.
Quero minha amiga dizendo que sou como peter pan,
Quero minhas camisetas coloridas e meus desenhos sem nexo,
Quero o sorriso torto mesmo que seja tímido,
Quero as palavras que se ausentaram de mim,
Quero a poesia da vida, das imagens e dos olhos,
Quero um abraço apertado do meu irmão de coração,
Quero todas estas coisas simples que o dinheiro não compra e o coração sente falta.
Quero uma palavra, um carinho...
Quero aqueles amigos que ficaram distantes,
Quero não me distanciar dos que estão por perto...
É... Quando me faltam todas estas coisas, me apetece mandar todo o resto a merda...

Apenas dê descarga,
Gi.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Este blog é algo tipo uma piada

E esta frase é algo tipo minha revolta...
Revolta comigo mesma (minha maneira de crescer),
Com o meio em que vivo (porque sou tão miúda diante dele).
Com as palavras que tenho escrito (bruta piada se não tenho dado a elas um final)

Este blog é algo tipo uma piada...
E meu humor modifica-se,
Semana que vem direi apenas que meu local na rede é algo do tipo foda...

rs, rs, rs
gi.

domingo, 3 de abril de 2011

Sobre nada de mais...

Bem, hoje é domingo...
Levantei cedo e sai rumo a Universidade... É que hoje tem curso sequencial e tenho que trabalhar...
A manhã passou lentamente (porque não é assim quando não tenho nada para fazer?), almocei em casa (maninha já tinha almoçado, mas ficou por ali me fazendo companhia), voltei à FURB e cá estou, esperando que termine por que tem tantas outras coisas coisas esperando por mim.
Mas admito que me diverti bastante, sempre é bom trabalhar com o pessoal do curso...

beijo, beijo, beijo
Gi.