segunda-feira, 30 de maio de 2011

manumitir...

Escolho a palavra ao acaso, porque gosto do exercício...
Seu significado parece ler meu desejo de liberdade, meus anseios em voltar a ser.
Manumitir... Dar alforria, libertar...
As paredes ao meu redor se fecham, se encolhe o espaço em que transito.
Me deixei levar, me coloquei silenciosa em uma posição que algumas vezes não posso aguentar.
Sinto-me rebelde e fraca, cansada, mas com vontade de lutar.
Não contra as paredes ao meu redor, mas contra esta minha permanência calada.
Minha rebeldia é contra meu próprio eu que fechou as portas, meu eu que é prisioneiro e carrasco, que tem se cansado de vigiar, se cansado de continuar na mesma posição.
Quando o sol se põe e minhas energias se esgotam encontro-me com os punhos marcados, as paredes brancas ao meu redor trazem as marcas de murros ensanguentados...
Manumitir...
Tem sido minha palavra, mesmo sem eu saber de sua existência...

um beijo, um murro, um grito no escuro

sábado, 28 de maio de 2011

Só porque tenho saudade...

Um e-mail que recebi no início da semana e por falta de tempo ficou sem ler.
Hoje, decidida a colocar tudo em dia, me posto frente ao computador e apenas o endereço já me emociona, o texto confesso, é bonito, mas não tanto quanto a história que existe por trás.
Já falei aqui e repito, morro de saudade das minhas amigas.
Sinto falta das caronas apertadas,
 E dos sorrisos...

Saudade das viagens para visitas técnicas,





Saudade de quando não queríamos fazer nada, apenas estar



Saudade de tirar fotografia de qualquer movimento, suspiro ou sorriso,

Saudade de fazer os piores trabalhos, nas melhores companhias...



Saudade de ser mais que eu aqui e vocês lá e sermos todas juntas,
Saudade de sentar na cantina ao final da tarde e resolver palavras cruzadas,
De matar aula para assistir o jogo de volei na casa da Déia,
De sentar no fundo do ônibus e rir com cada solavanco,
De almoçar junto e comer sagu de vinho,
De fazer planos para meu vestido de formatura... (rosa, de laço no lado e um girassol imenso... Devo ter tido pesadelos com isso).
Vendo as imagens que guardei da gente, penso que meu coração de alguma forma tinha esta triste certeza de que não estaríamos sempre perto, mas que estando distantes não ficaríamos jamais sozinhas.
Reservo o dia de hoje para me orgulhar de tê-las ao meu lado e sentir saudade de quando dividíamos nossos dias...
Admito que enquanto vocês contavam os dias para que tudo terminasse, eu me preocupava por que não mais as teria por perto...
Saudade amigas, uma puta saudade!

Déia, Jaque e Andy 
Minhas amigas que me ensinaram que é possível estar longe, sem se afastar.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Preciso voltar a ouvir...

Ouço cá uma música tocada por pássaros...
E digo tocada porque é mesmo assim, pássaros que sentaram nos fios e deram as notas, um homem que colocou no piano, uma orquestra que a tocou lindamente... Acabei de ouvir uma música tocada por pássaros...

Já curti música clássica, me sentia inteligente, me fazia querer escrever.
E hoje, quando travo batalhas contra a falta de criatividade e vontade me vem a cabeça que me falta a música.
Eu gosto de rock, gosto de pop, gosto de bossa e gosto de mpb. Não gosto de funk, não gosto de sertanejo universitário e de forma alguma gosto de pagode. Nada contra, apenas não é minha praia...
Me falta a voz da Joana, o som gostoso do pato fu, me falta a habilidade de voltar a ouvir.
Foi-se a música e levou com ela a poesia, metade de mim se foi porque já não me lembro mais como fazer...
O que é um contador que não sabe contar? Onde esconde-se o brilho dos olhos de quem já não lembra mais como desenvolver sua arte que é também sua maior paixão?
Cansada de procurar minha arte, em minha cabeça, passo a buscá-la na música que toca meu coração.

um abraço, uma nota, uma canção,
Gi.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Sobre o que não se vê

O garoto tinha cabelos moicanos a garota tinha corte joãozinho.
Em seus corações a pureza de quem não liga para o que os outros pensam, quem não se importa com o que os outros estão fazendo.
As vezes é tão difícil ser você mesmo, não dar ouvidos aos comentários maliciosos e ignorar o que se fala ao seu redor.
O garoto não esperava ser lindo, queria apenas ser ele mesmo...
A garota não queria ser deslumbrante, apenas diferente.
Porque existe beleza no exótico, porque se olhava no espelho e gostava do que via, porque não devia satisfação a mais ninguém.
Quem foi que disse que o correto é o que a massa segue?
Quem acredita que é menos bandido o cara que usa colarinho branco?
Quem garante que o herói do dia não é o cara todo tatuado que espera o ônibus ao seu lado?
Quem disse que é preciso usar claras cores para ser um anjo?
É cansativo ter de explicar as mudanças,
Dar satisfação sobre cada novo caminho...
Enfadonho pensar que queiram saber mais quem aparento ser do que quem sou...
Estou cansada destes rótulos que damos, as tribos que inventamos, as marcas que veneramos...
Estou mesmo de saco cheio de viver cercada de comentaristas que apenas observam a vida dos outros quando deveriam dedicar seu tempo em viver a sua...

um beijo, dois arranhões...
Gi.

Ps.: Que se manifeste aquele que não atirou pedras...

domingo, 15 de maio de 2011


Apenas continue caminhando e espere que ao atravessar os dias de chuva, possa vislumbrar os raios de sol.
E se isso não está fazendo sentido, acredite eu não ligo para as rimas perfeitas, apenas para a poesia...

beijo, beijo, beijo...
Gi.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Em busca...

E cá estou eu em busca de mim mesma...
Nem espero o tempo passar, nem me vejo indo embora com ele.
Me procuro entre os livros que li, os programas que vi, as músicas que escutei...
Eu que sou um pouco de genética e muito de jornada,
Que não me pareço quando desapareço,
Que perdi a estrada e me perco em caminhos.

Eu que deixei de olhar para o lado e procuro olhar para dentro,
Que tento entender o que não compreendo,
Que quero descobrir o que estão me escondendo...

beijo, beijo, beijo,
Gi.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sobre uma semana atípica...

Estou elétrica!
Desde o início da semana, sem dinheiro e com uma alegria que não sei de onde vem...
Pode bem ser do trabalho,
Pode ser das coisas que tenho visto,
Pode ser do que espero encontrar...

E admito, minha eletricidade é incômoda, principalmente para quem está por perto...
Eu mesmo me incomodo com ela, porque depois de meses vivendo num limbo criativo parece que floresceu...
Então eu fiz um texto em 30min. e foi aprovado,
Então me empolguei com uma pesquisa pra faculdade e viajei...
Então voltei a escrever o que não escrevia...
Então tive idéias para um clipe...
Então coloquei mais de cinco linhas neste blog...

Estou elétrica e meu único medo é que esta eletricidade toda acabe me queimando...
Hoje é sexta-feira e eu ainda estou elétrica...

beijo, beijo, beijo
Gi.

terça-feira, 3 de maio de 2011

“Se eu lhe salvasse, toda minha existência em um dado momento seria esquecida, se deixasse que lhe fizessem mal, teria que sofrer com a lembrança por toda a eternidade”.