quarta-feira, 10 de julho de 2013

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Quem sabe você não acredite, mas eu sim, todo mundo tem aquela sua pessoa no mundo. Não é um grande amor, mas uma confiança que se compara a ele e um carinho que as vezes parece não encontrar lugar no coração, apertado, esmagado por este sentimento que tem muito de irmão e costumamos chamar de amigo. Eu vi seus olhos rasos esta tarde e segurei os meus para um momento sozinha, sabendo que desmoronar ao seu lado não faria a dor mais suportável. E sentada aqui, em frente ao computador, relembrando o todas as coisas que se passaram nestes anos, eu deixei as lágrimas correrem com a certeza de que és para mim esta pessoa. É em quem eu confio, é quem eu confiei no primeiro instante em nossa "amizade a primeira vista". E minha mãe diz que o mundo é grande, mas não estou me prendendo a um bem, estou presa a um sentimento, a uma saudade antecipada, porque o mundo é grande, mas só existe uma Jaqueline Schafaschek nele, e ela é minha amiga. É ela que me faz sentir especial, como se eu fosse a melhor amiga do mundo, mesmo que eu saiba que não. E sim, existem milhões de pessoas no mundo, mas é a minha amiga que está indo embora, então pronto, me reservo o direito de chorar de sentir meu peito apertado porque eu acabei de chegar e não parece justo...
Eu queria voltar no tempo um segundo e ouvir Rita Lee, Zeca Baleiro... Eu ouviria Zezé di Camargo se fosse o preço. Queria ter mais um segundo do teu abraço, te ver chorar de rir, limpar o rosto o guardanapo de brincadeira e assistir Chico Bento no meio da tarde. Toparia estudar até tarde, comer chocolate, fazer um estágio de merda, ou apenas sentar e ler, devoradoras de Agatha Christie e o Senhor do anéis. Gostaria de aprender inglês com a única pessoa que me fez gostar disso, e fingir que meu vestido de formatura seria de babados e girassóis. Eu pegaria mais um segundo mesmo que estivesse me forçando a ir na biblioteca ver o jornal ou a catar insetos nos corredores...
Eu pegaria um segundo minha amiga, porque eu não lembro de você ter sido em nenhum deles, menos do que a amiga que eu pedi na infância, a grande amiga que a vida adulta me ensinou a amar. E eu sei que você ouviu isso aos montes nos últimos dias, mas eu vou sentir sua falta Jaque... Muito, muito, mesmo.
É bom estar no fundo e no raso do seu coração, porque é exatamente aonde você mora em mim.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

5 anos...

E tinha data de chegada e de partida...
Cinco anos parecia longe, cinco anos parecia muita saudade, cinco anos parecia nunca chegar.
Então, como tudo estava tão distante, mudei de planos, me reinventei, recomecei e estruturei minha vida para viver aqui.
Cinco anos agora são quase nada...
O tempo é indiferente quando penso nas amizades, quando penso nas pessoas que passaram pela minha vida, no que deixaram de si, no que levaram e mim. Quantos sorrisos foram compartilhados neste tempo? Quantas memórias de pizza, piada e coca-cola vou levar comigo?
Os amigos que conheci na faculdade, que dividiram mais do que trabalhos em comum, deixando comigo a imagem de uma gargalhada e o calorzinho no peito de uma amizade conquistada.
As pessoas que me ajudaram a crescer como profissional, me mostrando o caminho para conquistar e aprender.
Mas o tempo realmente passou e agora, parece apenas que foi rápido demais. Não que eu não me sinta empolgada com meus novos desafios, mas deixar para trás os amigos e a profissão que aprendi a amar? Bem, isso me aterroriza...
Eu nunca fui boa com distâncias,
Não sei com quem irei discutir cinema, política e literatura sem os encontros mensais do homoliteratus,
Sentirei falta de todas as vírgulas que a Tássia me fez colocar,
Não vou beber coca-cola com o Fabinho e a Gabi em um dia quente de trabalho,
Não dividirei chocolate e tic tac com os amigos da Brava,
Não vou sair para uma pizza com a Kah e a Bia,
Não vou esperar que a Lorena me ligue, pedindo para marcar algo maluco que provavelmente não iremos fazer,
Não vou dividir meu tempo, frustrações e conquistas diárias com a minha irmãzinha que pela primeira vez, estará distante de mim...

Há cinco anos eu aprendi o que realmente se chama saudade e tive a inocência de acreditar que em cinco anos ela iria embora. Aprendi da melhor maneira, fazendo grandes amizades, que ela irá me acompanhar para todos os lugares.

Este Blog teve início na solidão mas provou, com o passar do tempo, que ninguém está sozinho quando está disposto a fazer amigos.
Apenas dobro-me a certeza de que continuarei a sentir saudades.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Depois de tanto tempo, um novo tempo?

Então é isso.
É assim que se encerra uma página para iniciar outra. É deixando um pouco para trás e pensando no que está pela frente. Agora eu tenho medo, mas eu sempre tenho quando estou fazendo algo novo. O dia, bem me atrevo a modificar o início é dizer o "mês" tem sido agridoce. Esta expectativa que me persegue desde que a decisão foi tomada e um pouco (ou muito) de tristeza sobre o que estou deixando aqui. No entanto não é a primeira vez que faço, e confesso, antes eu não tinha tanta consciência do que estava deixando para trás. Mudei ainda com um sonho juvenil, e o coração aberto para as descobertas, me descobri e agora espero estar mais forte e ter mais certeza de quem sou e do que desejo.
Mas não, não é a mudança que me faz escrever, é o nó alojado na garganta e a certeza de que já não será igual. O nó me acompanhou durante todo o dia, o que foi estranho e um pouco amargo se pensar bem. Hoje eu vi sorrisos que vou deixar para trás e olhei para baixo para não olhar nos olhos e derramar a lágrima teimosa que originava o nó. Foi preciso apenas alguns meses para modificar meu mundo, e f...-.., eu jamais serei a mesma. Eu quero agradecer a Deus, Alá, Jeová por terem aparecido em meu mundo, e odiar-me por deixar assim...
É f...
Vou guardar as melhores lembranças destes dias, e levar em meu coração os sorrisos e o carinho de uma família que me adotou como membro, mesmo que por pouco tempo. Uma família que tornou mais difícil a minha despedida, mas que fez valer a pena a dor, porque tristes são aqueles que não os conhecem, que não tiveram o prazer de fazer parte de uma equipe que trabalha junto, faz piadas e leva tudo a sério ao mesmo tempo.
Então eu encerro minha curta carreira de redatora e volto a ser apenas apaixonada por palavras, frases e piadas sarcásticas, e deveria, ou provavelmente faria, uma citação sobre cada membro desta casa de loucos, com a qual me identifiquei tão bem, mas eu já tenho falado muito e agora preciso de um chocolate para empurrar o sabor amargo e um pouco de silêncio para que o nó se desfaça.
Eu vou mesmo sentir uma Puta saudade!