terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Egoísta e incapaz...

E depois de tudo, ainda ousou esperar que sorrisse, que apoiasse, que se deixasse tocar.
Era dela o coração de gelo, lhe pertencia a falta de carinho, era ela a desprovida de calor.
Que lhe importa o tempo? Que lhe importa a dor? Que lhe importa se recusou a aceitar?
E pensar que ela até tentou, pensar que por vezes ela esforçou-se em ser suporte, que mesmo quando o coração lhe negava a compreensão, renegou o sentimento e o medo para focar-se em ser apenas alicerce.
Agora era injusta e fria. Agora o silêncio se sobrepunha as palavras...
Agora era egoísta e incapaz...
E engolia as palavras com gosto de fel se recusando a pronunciá-las, uma recusa calada de machucar.
Que lhe queimasse a garganta, que lhe "fodesse" a alma corrompida e triste.
Que continuasse a sorrir amarelo enquanto deixava escapar uma piada infeliz...
E continuaria a se sentir traída, continuaria a pensar que em algum momento fizera algo de errado, que havia um ponto, uma vírgula, algo que colocara fora do lugar...
Era egoísta e incapaz...
Apenas isso, a única definição aplicável ao lamentável ser.

beijo,beijo, beijo

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Quantas pessoas?

Quantas pessoas você conhece?
Para quantas delas você fez diferença?
Quantas fizeram diferença na sua via?
Para quantas você se abriu, quantas se abriram contigo?
Quantas pessoas você realmente deixou entrar?
Quantas permitiu que fossem mais do que um rosto visto uma vez por semana?
Elas lhe fazem falta?
Você lhes faz falta?
Quantos sorrisos fazem parte de sua paleta de cores? Quantos olhares?
Por quantas delas você enfrentaria um exército?
Com quantas delas você fala olhando nos olhos?
Para quantas oferece seu melhor sorriso?
Com quantas pessoas você fala todos os dias, quantas te fazem sentir saudade?
Quantos encontros superficiais se transformaram em boas amizades?
Quantas amizades você perdeu?
Quantas você lutou para manter?
Quantas não precisaram de luta e seguem em frente?
Em quantas pessoas você pensou enquanto se fazia todas estas perguntas?
Quantas?

Beijo, beijo, beijo...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

...

E porque não tentar? Porque fugir, tentar escapar?
Pretender, fingir, dar meias respostas, meias mentiras, meias verdades...
Porque buscar meios de se enganar?
Olha nos olhos, diz que não quer, não quis, não vale a pena tentar...
Não, você não entendeu.
Olha seus olhos no espelho e diz a esta pessoa que te encara com esperança, que não vale a pena.
Vamos... Onde está sua coragem?
Como destruir estes sonhos?
Vai continuar a fingir que não percebeu o brilho assim, visto tão perto?
Pretende viver este faz-de-conta, esta mentira que inventou?
Despe-se do personagem criado e vive por cinco minutos daquele sorriso infantil que invadia seu rosto todo.
Despe-se do medo e vai em busca dos sonhos que desistiu de buscar.
E porque não tentar? Porque fugir, inventar desculpas e se esquivar?
Vai, deixa teus medos no caminho e continua a jornada.

beijo, beijo, beijo

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Uma outra canção...

E por ter o coração em outro canto, deixo de ouvir engenheiros. Aquela música que antes acalentava meu sonho, já não me conta mais os segredos, já não faz sentido algum. Então eu escrevo palavras tortas, me embalo em outra canção... Ganho novas asas, acredito em diferentes fantasias, respiro uma espécie de gás hilariante que me leva às nuvens. Assim, com a visão um tanto turva de paixão me deixo ir para outros lugares, permito aventurar-me em outros castelos, desbravar terras que desconheço e quem sabe, ao final do dia, encontrar o tesouro por tanto tempo procurei.

...

Eu me apaixono por palavras... E ao me deixar levar por elas assim, de uma maneira quase insana, me apaixono também pelos responsáveis por alinhá-las, pelos que desvendam almas e lêem corações.
Eu me apaixono por palavras. Pela palavra escrita, pela palavra dita. Me encanto, me levanto e sigo. Com o coração um pouco apertado de paixão, estraçalhado de desejo...
Eu me apaixono por palavras... E por vezes sinto a necessidade de lhe fazer uma declaração de amor, é quando começo a escrever...

ps.: Não título, porque sou um tanto relutante em titular um sentimento...

bjos :)

sábado, 14 de janeiro de 2012

Uma vida em perguntas

Já chegou? Mãe, já chegou? Estamos chegando? Quanto tempo falta para chegar?
Posso is à rua? Andar de bicicleta? Pular amarelinha na frente de casa?
Compra pra mim?
Porque a vovó sempre deixa?
Mãe, posso ir com elas?
Pai me leva junto?
Posso comer aquele chocolate que está na mesinha de cabeceira?
Falta muito?
Mãe a senhora já acordou? Tá acordada? Vai levantar?
Mãe posso não ir à aula hoje?
Se encostar dói?
Posso acampar com eles? O senhor ainda não respondeu, posso ir?
Por que temos todos que ir à missa? Porque não podemos dormir até mais tarde?
Quanto tempo ainda falta?
E para as férias?
Posso ter um desses no meu aniversário?
Posso dormir na casa da fulana?
Se importa se eu não ir com vocês?
Porque temos que viajar todos juntos?
Porque não posso ir sozinha?
Posso mudar de colégio?
Porque continuar fazendo se eu não gosto?
Podemos nos beijar?
Podemos fazer isso juntos?
Poderia não contar à ninguém?
Porque você não gosta dele?
Quando você volta? E você me liga?
Tem certeza que não quer ficar mais um pouco?
Não acha melhor pararmos por aqui?
Acha mesmo que estou vendo outra pessoa?
Podes me alcançar o açúcar?
Poderíamos, pelo menos uma vez, agir como adultos?
Posso levar o carro?
Não era a sua vez de trocar?
Deus! O que ele tem desta vez?
Poderia chegar antes do jantar?
Quantas vezes terei que dizer para não fazer isso?
Posso ajudar?
Você já escolheu?
Acha que é para a vida toda?
Quantos dias para que seja feito?
Quanto tempo falta?
Quanto?
Não é maravilhoso que ela esteja apaixonada?
Serei avó?
Acha mesmo que dará resultado?
Pode apenas não contar a eles?
Se fui feliz?
E quem duvidaria disso?...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

????

A caminhada de volta para casa é sempre recheada de pensamentos, nem sempre bons pensamentos.
Ao fazer uma constatação, respirei uma, duas vezes... É sempre difícil admitir em voz alta. Tem aquele pouco de vergonha, o pouco de desespero, o pouco de súplica, então, meio como um gemido a frase me escapa aos lábios e eu percebo tristemente:

Eu não sei o que fazer.

E não apenas em um, mas uma série de assuntos que vão ficando sem respostas. Coisas que eu quis demais por tanto tempo e já não tenho certeza, sonhos que eu tenho medo que jamais venham a se realizar. Eu simplesmente não sei o que fazer.
E eu queria aprender a chorar, aprender a derramar por glândulas lacrimais o que é incerto e o que é triste, mas faz tanto tempo...

Um, dois respirar profundo,
Um suspiro.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

e um se vai, outro vem...

Ok, mais um ano termina, outro começa a se desenhar...
E vamos a velha história de renova as esperanças, pedir paz...
Eu confesso, evitei o verde a todo custo e aceitei todas as outras cores, todas as outras promessas...
Sim quero paz, mas admito a calmaria, tem vezes, enjoa.
O que mais me apetece são as outras coisas, aquelas capazes de balançar, desestruturar e mostrar que pode ser tudo diferente e que o que nos surpreende não precisa, necessariamente, ser algo ruim.
Quero manter o amor, aquele cheio de acalanto que nos embala nos dias em família, amor que é demonstrado no abraço de saudade que ganhamos dos verdadeiros amigos.
Quero grana, não em quantidade abundante e extravagante, mas para propiciar conforto. Aquela viajem que sonho fazer o equipamento de trabalho que penso em comprar. E também não precisa ser mais do que já recebo, pq com ele ainda me viro, só não quero que venha  faltar...
Quero um pouco de paixão também, pra revirar meu mundo certinho, dar um pouco de "desestabilidade".
Quero meus amigos por perto, quero um pouco de tempo para olhar o céu e dizer: "Que merda, mais um dia de sol"...
Quero ir ao Ahoy, rir, cantar com a banda The Zorden e assistir minha maninha dar seu "show" de guitarra imaginária.
2012, pode ser o último ano de uma etapa e eu quero mais é ser feliz!