quinta-feira, 5 de março de 2009

só o começo...

A filha do senador? Sei lá penso nisso mais tarde e aceito sugestões:

Acho que acreditei que depois de tudo que havia me acontecido, mais nada poderia vir a ocorrer. Afinal, o que poderia ser mais estranho do que meu pai largar minha mãe depois de dezenove anos de casamento, para unir-se com uma garota que poderia ser minha irmã, uma garota que pelo menos durante os últimos quinze anos tinha sido minha melhor amiga.
O romance dos dois saiu em todos os jornais, e infelizmente foi assim que tanto eu como minha mãe, descobrimos a traição.
Estávamos as duas fazendo nossos cabelos em um badalado salão que freqüentávamos em Brasília desde que meu pai resolveu se tornar político para como ele dizia: “melhorar a vida do povo, e junto com isso melhorar o nosso estilo de vida”. Quando a Soraia (cabeleireira e confidente da grande maioria das esposas e filhas dos figurões do senado) estendeu meio “sem querer” o jornal aberto na página da foto constrangedora (se não para ele, mas para nós duas), em que meu pai e minha melhor amiga Elaine, se agarravam em uma boate.
Não era a matéria de capa, mas mesmo assim a foto em preto e branco ocupava meia página.
O almoço fez voltas no meu estômago e pensei que ia vomitar, mas minha mãe manteve-se séria, como se nada realmente importante tivesse acontecido. Esperou que nossos cabelos estivessem prontos, pagou deixando uma boa gorjeta, e só falou sobre o assunto quando já estávamos sozinhas no carro.
- Eu vou conversar com seu pai...
Pareceu-me derrotada, e senti novamente meu almoço dar voltas, como ela podia pensar em falar com ele? Ia acreditar nas mentiras que ele lhe contaria? Não pude segurar minha língua:


bem gente, só a primeira página...

beijo, beijo, beijo...

2 comentários:

Jessica disse...

eu já li! eu já li!
mas vou ler de novo e acho que agora vai ser ainda mais legal!!!
ahsuhauhsuahush

Pauli disse...

você me inspira!