sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sobre escrever e sentir.

Ainda confundo as coisas. Aos 28 anos, engenheira por formação e escritora por vocação eu ainda não aprendi. As histórias aparecem, então é papel e caneta ou computador ligado.
Eu ainda não me entendo. Não entendo como posso me sentir eufórica depois de um dia comum, como posso querer fazer tudo em uma noite que já não promete mais nada. Não entendo como posso estar com a sensação de que vai mudar, alguma coisa vai mudar... Parece tudo igual...
Deve ser aquela coisa chamada esperança, aquilo que nos pega vez ou outra para que acreditemos que tudo vai ficar bem, aquilo que nos ajuda a seguir em frente e continuar tentando.
Eu? Não me entendo. Porque agora mesmo enquanto escrevo, meu coração dispara a promessa de algo melhor para amanhã e eu acredito.
Sem dinheiro na carteira, sem um emprego que me mantenha, com quatro histórias na caixa-forte e nenhuma perspectiva de publicá-las eu ainda tenho esperança, portanto, eu não me entendo...

beijo, beijo, beijo
Gi.

2 comentários:

josi stanger disse...

Em quem disse que entederemos? Apenas vivemos essa que é para nós uma única chance, mas que um dia podemos descobrir ser mais uma, ou nenhuma... entender pra quê?
beijinhos
Josi

Poetic Girl disse...

Um escritor de alma escreverá sempre, independentemente de publicar ou não, independentemente de ser lido ou não. Entendo o que dizes, eu própria trabalho em tecnologias que nada têm a ver com a escrita, mas é a escrita que me mantém viva. bjs