segunda-feira, 15 de junho de 2009

Chance à vida

eram quase 2h, a madrugada fria gelava os ossos, o vento cortava seu rosto pálido.
Mais alguns passos. Trôpegos, gelados, silenciosos.
Aproximou sua mão fria dos longos cabelos castanhos e com um gesto distraído prendeu-os sobre a orelha.
A bruma da madrugada encobria quase toso o cenário.
Perto do local marcado, sentou-se em um banco gelado tirando espelho e batom da bolsa. Retocou a maquiagem com cuidado. Levantou-se.
Em algum lugar distante uma coruja piou arrepiando sua espinha.
Deu mais alguns passos e ajoelhou-se na grama úmida.
A rosa amarela foi colocada sobre a lápide de mármore escuro. O silêncio marcou o encontro como nos anos anteriores.
Ao se levantar, ela sorriu um pequeno e triste sorriso.
Não haviam se conhecido, mas eram ligados pela vida.
Na lápide a data de falecimento marcava também o aniversário, quando ele deixou sua vida e deu novo horizonte a dela.

DÊ UMA CHANCE À VIDA
SEJA UM DOADOR.

beijo, beijo, beijo.

Um comentário:

Pauli disse...

piro com teus textos, gi.
queria assim, 20% do teu talento, já estaria feliz.