terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Que porra! Que merda! Que vontade de nada dizer...

Queria a coisa certa para dizer ao vazio;
Queria que meus passos não afundassem nas poças que reúnem a água da chuva;
Queria que o guarda-chuva fosse grande o suficiente para manter segura.
Queria, quem sabe, em um dia quente fechar os olhos e deixar a água lavar minha alma, e como diria uma amiga minha, por em terra meus pecados, deixar correr...
Queria não chegar tão cansada e ter vontade de olhar as palavras,
Queria ter certeza sobre meus sonhos, queria não ter de esperar pelo futuro...
Queria ser menos egoísta e pensar menos no que deixei, queria o benefício da dúvida, qdo tenho certeza de ter agido certo...
Queria saber porque é tão difícil...
Mesmo quando a vida parece perfeita,
Mesmo quando as peças se unem ao meu redor,
Mesmo quando pareço ter me modificado,
Mesmo quando estou feliz.
Ainda assim fica a porra da saudade,
Ainda sobra a palavra a me perceguir
Ainda o sentimento preso em meu peito por uma fíbula que não se solta.
Uma fíbula? Um alfinete, nada mais que isso, alfinete em palavra bonita aguçando em meu peito a dor da saudade.
Que porra! Que merda! Que vontade de nada dizer...
E quando me faltam palavras ainda sobra um palavrão: Caral...
Palavrão também é palavra, e é palavra em letra maiúscula que é para ficar claro o sentimento...
Palavrão poderia ser também amor e carinho, mas estas "palavrinhas" são ditas em sussurro no ouvido, não são largadas ao vento...
Quero largar as palavras ao vento... Quero gritar palavrões e não ser criticada por isso...
Quero esquecer a sensatez e me deixar encantar pela irresponsabilidade...
Quero...
Bem esquece o que eu quero...
Acho que eu mesma já me esqueci...

beijo, beijo, beijo
Gi.

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