sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ingresia... E me perdi.

Ontem quando voltava do trabalho, montava na cabeça as frases rebuscadas. Queria um post cheio de ingresias onde tamanha falásia o tornasse no mínimo cômico.
É, mas acabei desistindo. Não acho que requintar o texto com belas palavras possa torná-lo melhor e não seria engraçado se as piadas não pudessem ser compreendidas.
Então, continuo com minha maneira normal de escrever. Aprendendo vez ou outra uma nova palavra, tendo o dicionário como companheiro de trabalho e escrevendo mais pelo prazer que a criação me propicia do que qualquer outro motivo.
É sempre triste quando me distancio deste espaço. Escrevo algo, apago e desisto. Então vem outro dia, mais algumas horas sem conseguir e toda esta coisa que é escrever me escapa entre os dedos. As pequenas paradas que marcam minha história com este blog, são levianamente disfarçadas por palavras bonitas ou falça alegria. A verdade é que as paradas demonstram apenas meu sentimento de fracasso. Me sinto tão fracassada que não acredito ter capacidade para escrever e isso é o que mais me machuca.
Decidi há mais de dez anos me tornar escritora, fiz um desvio pelo caminho, mas não sei, falou mais alto esta vontade e eclodiu com a brincadeira de escrever para minha irmã. O resultado foi um livro publicado e a vontade de continuar a escrever.
Olhar meu livro na estante não mina minha insegurança. Continuo a pensar que no final das contas não sou tão boa. Da mesma forma em que mesmo amando o escotismo por um bom tempo, não fui uma ótima escoteira. Da mesma forma em não posso me considerar uma boa engenheira e nem mesmo serei uma boa publiciária.
Estes pensamentos me rondam vez ou outra, me perceguem guando baixo a guarda. Me incomodam até que eu venha a esquecê-los.
Então com a bola mais cheia, eu volto, peço desculpas pelo tempo em que fiquei longe e escrevo.
Eu brinco com palavras que acabei de conhecer, faço versos, troças e jogos...
Amo as palavras, e como amante me permido mandá-las dormir no sofá se não estou disposta a lhes fazer companhia.
Amo as palavras, e como amante me permito afastá-las e depois namorá-las novamente em um belo livro. Amo as palavras pelo que traduzem e as repudio quando são apenas ofensa.
Eu amo as palavras e as vezes me perco nelas, como acabou de acontecer...
Comecei a escrever e me perdi...

beijo, beijo, beijo
Gi.

3 comentários:

Poetic Girl disse...

Confesso que editar um livro seria o meu maior sonho, mas também tenho consciência que não sou tão boa assim. Fiquei curiosa em relação ao seu livro... :) e porque não escrever outro?

bjs

Gi_Corrêa disse...

Poetic: Estou escrevendo. Estou sempre escrevendo e depois deste já escrevi outros quatro que ainda não foram editados. Eu continuo a escrever... Talvez porque ame demais as histórias, ou quem sabe por estar fora deste mundo, e por vezes viver nas frases que crio. Continuo a escrever pq não fazê-lo seria como morrer. Minha alma depende desta droga que chamamos palavras.

beijo, beijo, beijo

É bom estar aqui disse...

Acho singular a sua expressão escrita.
E alguém está seguro? Estaria tomado pelo inimigo.
Contudo, melhor que sozinho, pois o mau também tem suas virtudes, enquanto o bom também jota pedras no sozinho.