segunda-feira, 30 de maio de 2011

manumitir...

Escolho a palavra ao acaso, porque gosto do exercício...
Seu significado parece ler meu desejo de liberdade, meus anseios em voltar a ser.
Manumitir... Dar alforria, libertar...
As paredes ao meu redor se fecham, se encolhe o espaço em que transito.
Me deixei levar, me coloquei silenciosa em uma posição que algumas vezes não posso aguentar.
Sinto-me rebelde e fraca, cansada, mas com vontade de lutar.
Não contra as paredes ao meu redor, mas contra esta minha permanência calada.
Minha rebeldia é contra meu próprio eu que fechou as portas, meu eu que é prisioneiro e carrasco, que tem se cansado de vigiar, se cansado de continuar na mesma posição.
Quando o sol se põe e minhas energias se esgotam encontro-me com os punhos marcados, as paredes brancas ao meu redor trazem as marcas de murros ensanguentados...
Manumitir...
Tem sido minha palavra, mesmo sem eu saber de sua existência...

um beijo, um murro, um grito no escuro

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