segunda-feira, 3 de maio de 2010

Aquela que bate

Escrevo agora, depois de hoje já ter escrito, porque ela bate.
E apesar da dor, do vazio, ainda assim, meu coração romântico e poeta, gosta de sentí-la forte. Não um tapinha no ombro, não um leve roçar de pele. Gosto de sentí-la no auge de sua força, um soco na boca do estômago, um tabefe perfeitamente aplicado na cara. Gosto que venha forte e me mostre como é estar viva e toda a beleza dos sentimentos. Que embaralhe meus pensamentos, que me leve ao chão e ao ápice em um único piscar de olhos. Que me recorde antigos momentos que me faça perceber o quão importante eles foram, o quão importante eu possa ter sido. Gosto que me desarrume os cabelos me fazendo parecer uma das personagens de Maitena: olhos esbugalhados, cabelos vermelhos alvoroçados. Gosto que se transforme em poesia, poema e fúria, que se misture ao meu sangue, que corra em minhas veias e faça disparar meu coração. Que seja adrenalina, que seja fogo, que me leve a escrever furiosaente, que me faça e ler e reler banhanda nesta emoção que mistura a saudade furiosa, o amor sincero e o carinho tranquilo.
Gosto que venha, que me arrebate, me sufoque, me faça desabafar e me veja desabar.
Não em um pranto contido, não em um choro triste, mas em palavras. Por que palavras são a minha arte, o meu sentido, minha defesa.


beijo, beijo, beijo
Gi.

2 comentários:

josi stanger disse...

Que lindo, Gi...
Imaginei este texto num palco... acho que você escreve pra que alguém interprete...
beijinho
Tia Jo

Gi_Corrêa disse...

Tia Jô: bem, pode ser, acho que foi como o imaginei também.