quarta-feira, 29 de junho de 2011

quando tudo se mistura

Aqui em meu coração as coisas andam um pouco misturadas nestes dias. Fico tentando encontrar o equilíbrio entre meus picos de euforia e tristeza, acostumando-me com estes momentos de angústia e me deixando libertar nos quinze minutos de alegria.
Inquieta, já não tenho mais aqueles instantes de concentração de que dispunha em outro tempo. Dizem que as coisas pioram antes de melhorar e coloco ali minha esperança.
Onde foi minha calma? Que terá acontecido com a paz de que um dia desfrutei?
Imaginei que nas férias as coisas tomariam seu lugar, mas tenho descoberto que era apenas ilusão.
Iludi-me como criança pequena que acredita, mesmo contra todas as possibilidades, que Papai Noel existe e que coelhos, apenas na páscoa, colocam ovos de chocolate.
Já não sei mais se me encontro em sonho ou realidade, se vivo ou apenas me obrigo a sobreviver. Passam-se os dias... Tão rápido, tão demasiadamente lerdos. E eu, este poço de antagonismos, este ser de inconstâncias e indecisões. Eu, que deveria ter encontrado a resposta, que deveria ter explicação para todas estas coisas, que deveria saber definir e descrever. Eu que continuo a caminhar de olhos fechados, que me recuso a ver o que está por perto, que fujo da permanência, que evito laços e promessas... Eu que já não reconheço o reflexo no espelho que sorrio frio para não congelar, que aqueço o coração com o veneno da saudade porque não quero alimentar outro sentimento que acabarei por perder.

Eu guardo tranqueiras tentando guardar momentos, seguro lágrimas porque já perdi demais, amarro as palavras para que não me escapem.

Um beijo, uma lágrima, um suspiro.
Gi.

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