sexta-feira, 11 de março de 2011

Sobre revelações que já não são novidade... Ou não...

Milhões de coisas que sinto, vejo e desejo, mas não costumo dizer.
Algumas por insegurança, outras porque o tempo passou... Outras ainda, por que já se acabou.
Digo sem problemas que não gosto de sertanejo universitário, funk e pagode, mas não conto o que gosto. Quase não coloco minha música no som alto e as vezes fecho os olhos para melhor ouvir.
Não digo sobre como falo sozinha quando caminho fechada em meus pensamentos.
Não conto a todos sobre alguns títulos que li, nem costumo falar que minha comida preferida é arroz. Sim, arroz temperado, com batatas e qualquer outra coisa que meu pai colocar na panela.
Não costumo dizer sobre os momentos negros (ok, existem excessões), e nunca contei a ninguém sobre como meu 12º aniversário me marcou. Acho que nunca falei sobre aquele dia...
Não costumo dizer que brincava sozinha em boa parte do tempo e que não gostava de ir à escola ainda no ginásio (não sei mesmo o que me fez continuar). Não tenho orgulho de ter pensado em desistir no ensino médio.
Quase não conto que sou covarde, escondo minha covardia entre camadas finas de sarcasmo e ironias.
Brinco sobre meu excesso de peso, mas me incomodo com isso.
Fico calada quando não tenho nada a dizer, me culpo por não ser como minha família gostaria e as vezes penso (erroneamente) que poderia mudar.
Não tenho idéias de porque não gosto de flores. Nada contra sua delicadeza, mas não combina, não com a máscara e carapaça que construi. Não com o que há por fora, não com a expressão que me define.
Sobre cor de rosa? Me lembra a barbie e passei disso a muito tempo. As outras cores? bem, na maioria das vezes, eu gosto delas.
Sou ranzinza, chata e patética, mas existem lá uns poucos loucos que ainda assim gostam de mim.
Amei minha profissão nos dois anos em que a exerci, mas já não sei se um dia voltarei.
Demorei a aprender a ler (comparando com minha irmã mais jovem), mas quando aprendi viciei.
Tinha pavor de arrancar dentes de leite, mas era apaixonada pelos olhos (única parte que eu podia ver com a máscara) de meu dentista (eu tinha cinco anos).
Tive muito medo de perder minha mãe, e mesmo que hoje esteja tudo bem, esse ainda é meu pior pesadelo.
Tenho por meus amigos um amor incondicional, mas sei que eles podem me machucar, sei que eu posso machucá-los...
Gosto do meu trabalho, mas tenho "frios na barriga" mesmo quando está tudo bem.
Respeito as pessoas porque meus pais me ensinaram, a velhice me incomoda, e quando tinha seis anos não existia nada no mundo que eu amasse mais do que ir à chácara com meu pai... Uma pena que isso tenha mudado, gostaria de ainda gostar, mas mudei e hoje passo mais tempo namorando a idéia do que lhe fazendo companhia.
Me acostumei a discutir com minha irmã mais velha, a amo em toda a sua glória. Acredito que seja a mais bela mulher do mundo, mas ainda tenho medo de que seja uma vampira disfarçada. Ela jamais envelhecerá.
Odeio boatos, os odeio assim como odeio preconceitos e me incomoda que meus pais não gostem de tatuagens. Minha tatuagem é a marca de um sonho, a marca da rebeldia, a marca de algo que eu simplesmente tinha que fazer, e quer saber? Existe outra em meus planos...
Me apaixono facilmente pela inteligência, por sorrisos e olhos pequenos. A superficialidade me faz deixar de gostar com a mesma facilidade.
Entre todas as pessoas no mundo, amo conversar com meu tio, entre todas as casas do mundo é o sobrado da tia Jô o mais aconchegante, entre muitos abraços: minha mãe, meu pai, minhas irmãs, minha tia, meu tio, meu irmão de coração.

O mais belo sorriso tímido pertence a minha afilhada que é tão bela quanto o apelido, o mais belo sorriso malandro ao garoto que atende sobre a alcunha de Guto.
Amo os livros de Marc Levy, Meg Cabot e Sarah Manson. Gosto de Dan Brown, e adoro história com espadas e dragões da mesma forma como amo poesia.
Passo boa parte do tempo presa em um mundo de fantasia em que tudo é possível. Adorava os filmes com a Lidsay Lohan e ainda escuto as músicas (opa, falei!), 007 era melhor com o Sean Connery (não contem a minha mãe) Roberto Carlos até é rei, Xuxa será sempre rainha (não me incomoda o que tnha sido antes), mas Pelé me deixa em dúvida. No esporte fui fã de Branca e Magic Paula, mas hoje não sei o que é feito delas. Babo pelos ombros do Will Smith (e todo o resto também), adoro fotografia PB, vejo poesia onde ninguém vê.
Tenho medo de bebês, mesmo que muitos acreditem que é brincadeira. Eles babam, choram e conseguem tirar meu coração do lugar de desespero por não poder ajudá-los.
Fiquei assumidamente nervosa ao andar de avião.
Não revelei nem metade, mas sinto-me bem mais leve agora.

beijo, beijo, beijo...
Gi.

Um comentário:

josi stanger disse...

Então sou louca assumida! Gosto de vc. O Sobrado aqui também fica mais aconchegante enquanto vc conversa animadamente com o Edno, e escuto com sorriso nos lábios suas histórias... Seu meds, são todos compreensíveis, inclusive o de bebês e das perdas... são infalíveis. Um dia nos pegam de surpresa e nem por isso vamos junto com elas... estamos sempre aprendendo, todo dia, desde a hora em que acordamos. Eu aprendo com você, a ver poesia, a achar graça do teu nervosismo no avião e esquecer do meu, á flor da pele, pra ser mais forte e te amparar. Mesmo com cabelos tingidos e curtos, vc será sempre a caichinhos dourados da tia Jo.
E... sua irmã mais velha não é vampira, é atriz.

Boa noite
bons sonhos...